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quarta-feira, 27 de março de 2013

NOVA ZELÂNDIA - O PAÍS DOS KIWIS



Um lugar tranquilo, seguro e que oferece uma das melhores qualidades de vida do mundo. E ai, gostou? Então seja bem vindo à Nova Zelândia.
Formada por duas principais ilhas, a norte e a sul, separadas pelo Estreito de Cook, este país da Oceania possui uma excelente infraestrutura para os seus pouco mais de quatro milhões de habitantes. Sua população original é formada por tribos Maoris que enfrentou com muita resistência a colonização inglesa, gerando muitas lutas e mortes dos dois lados. Por isso não podemos dizer que existiu uma colonização tradicional nos moldes que conhecemos e sim um acordo, chamado de Tratado de Waitangi que visava o bem-estar da colônia e colonizador. Em 1907 a Nova Zelândia se livrou dessa tal colonização que já durava mais de 60 anos e, apesar de ainda influenciar bastante o país, a Inglaterra não interfere mais nas decisões politicas do país. Mas o inglês, claro, é a língua oficial, juntamente com o tradicional idioma maori.
Você sabia que quem nasce na Nova Zelândia é chamado de kiwi? Pois bem, agora o leitor deve estar pensando: “kiwi que eu saiba é uma fruta, certo?” sim, mas o nome da fruta é devido a sua aparência com o pássaro símbolo nacional do país, o kiwi. Os neozelandeses escolheram esse mesmo nome como apelido para eles próprios.
O clima é considerado subtropical, com temperaturas não muito elevadas. No verão os termômetros variam entre 23 e 30 graus. No inverno faz muito frio, e as temperaturas podem cair abaixo de zero, mas a média fica entre 12 e 14 graus.
A economia da Nova Zelândia baseia-se nas exportações, em especial nos setores de agropecuária, com produção de carne, leite, lã, cereais, maçã e kiwi.  A moeda é o  dólar neozelandês (NZD). Um dólar equivale a 1,63 reais. O turismo também cresce a cada dia, principalmente para os que procuram se aventurar nos esportes radicais. 
A capital é Wellington, mas a maior e mais cosmopolita cidade é Auckland, onde vivem 30% da população do país. Ambas ficam na ilha norte. 
Minha primeira parada foi à curiosíssima cidade de Rotorua, devido as suas constantes atividades vulcânicas. Por se situar exatamente no Circulo de Fogo do Pacífico, é comum ver vapores d’água, fendas, lama Borbulhante e diversos tipos de gases saindo do solo e das bocas de lobo nas ruas. Vale lembrar que o forte cheiro de enxofre toma conta da cidade, mas bastam algumas horas de caminhada para se acostumar. 
E por falar em caminhada, uma ótima pedida é andar na orla do lago Rotorua, que na verdade é um caldeirão vulcânico adormecido, e um dos cartões postais da cidade. Não se contenta com apenas uma caminhada? Ok existem vários passeios de barco no local. Ah, você é daqueles turistas que gostam de explorar ao máximo o lugar né? Tudo bem há passeios de avião e helicóptero, mas prepare-se para os preços salgados. 

Um dos principais pontos turísticos de Rotorua é o Wai-O-Tapu, o maior parque geotermal da Nova Zelândia, que fica cerca de 30 km do centro de Rotorua. Lá são encontradas crateras provocadas por erupções, piscinas borbulhantes de lama, até mesmo um lago chamado de The Champagne Pool, formado a cerca de 700 anos devido a uma erupção. Ele tem 65 metros de diâmetro e 62 metros de profundidade, e sua temperatura chega a 74 graus. Outro lago interessante do parque é o Devil’s Bath, ou como preferir, banheira do diabo. Suas águas possuem uma elevada concentração de enxofre, o que faz com que elas tenham uma cor esverdeada. Mas a principal atração do parque é o Geyser, que todos os dias as 10:15 da manhã expele seu jato de água quente, atraindo a atenção de várias pessoas a espera do fenômeno.
Já que a Nova Zelândia é um reduto de vulcões, que tal visitar um deles? Pois bem, fomos ao adormecido Monte Tarawera, que esteve em atividade pela última vez em 1886. O que não significa que a qualquer hora ele possa despertar deste sono profundo. E ai, animado? Então pé na estrada para uma jornada de 24 km de ônibus saindo do centro de Rotorua e mais 30 minutos de caminhada por uma trilha. Pronto, chegamos.  Somente quando se caminha na borda do vulcão é que se tem noção de que a caminhada realmente valeu a pena. Estava tudo ótimo, afinal eu tinha um belo visual, o silencio e o ar fresco, até que a nossa guia disse que para continuarmos deveríamos atravessar o vulcão passando por dentro dele. O que? Sim, isso mesmo que você leu caro leitor. Deveríamos atravessar o vulcão por dentro. Não tive escolha e lá fui eu, descendo levemente rumo ao centro do vulcão, afundando os pés naquela terra vermelha. No caminho, eu não parava de pensar na hipótese de o Monte Tarawera resolver me escolher para presenciar uma nova atividade logo naquele momento depois de mais de 127 anos. Será que eu seria tão azarado a esse ponto? Não quis pensar nisso e continuei andando. No final do percurso eu estava todo vermelho com aquela poeira e com o tênis cheio de terra. Ahhh, minhas meias brancas.... Apesar de tudo o passeio é recompensador.
As maiores atrações de Rotorua certamente são as suas atividades vulcânicas, mas nada como curtir um bar, boate ou mesmo um restaurante. No centro da cidade existem várias opções.  É uma ótima pedida para se enturmar com os nativos e turistas em busca de novidades sobre as atrações da cidade.
Saindo de Rotorua, chegou a hora de conhecer Auckland, uma cidade bonita, bem organizada e muito limpa. Pelas ruas do centro podemos ver pessoas do mundo inteiro. Europeus, americanos, sul-americanos e muitos asiáticos. A quantidade de japoneses, chineses, indianos e coreanos que vai para o país estudar inglês e tentar ganhar a vida é muito grande. Tem também os nativos Maoris, que são altos, bem morenos e geralmente gordos. Isso, sem falar dos neozelandeses loiros de olhos claros, descendentes da colônia inglesa.

A primeira vista que tive ao chegar foi da famosa Sky Tower, uma torre de comunicação e também de observação que mede 328 metros de altura. É um dos ícones de Auckland, podendo ser vista de vários pontos. Um elevador panorâmico dá acesso ao topo e a vista lá de cima é de 360º. Depois de admirar a belíssima paisagem saboreando um vinho no restaurante da torre, que tal descer pulando? O que? Isso mesmo, pulando. Para os visitantes mais aventureiros há a opção de fazer o SkyJump, um salto a cabo feito lá do topo. A queda chega até 85 quilômetros por hora em apenas 11 segundos. E ai, vai encarar? Tem também o Skywalk, um passeio guiado nas bordas da cúpula da Sky Tower. E as atrações não param por ai. Embaixo da torre existe ainda um casino. 
Auckland é conhecida como a cidade das velas. Os ventos, totalmente favoráveis, aguçam ainda mais a vontade dos neozelandeses, que adoram esportes marítimos. Grande parte da população possui barcos, lanchas ou ate mesmo canoas. Os turistas que desejam conhecer o outro lado da cidade podem pegar um barco no Porto de Auckland, onde  lanchas e catamarãs fazem o transporte público de um lado ao outro da baía. A travessia é feita também pela Harbour Bridge, uma ponte usada para o salto de Bungy Jump. A queda é de 40 metros.
Cansado de tanta adrenalina, vulcões e esportes radicais? Ok, o melhor a se fazer agora é curtir as praias de Auckland enquanto se planeja a próxima aventura. Caros leitores, eu não queria ter que dizer isto, mas devo confessar que tudo isso que a Nova Zelândia oferece tem o seu preço, e cá pra nós, é bem alto. Mas não se preocupe, há sempre promoções especiais fora de temporada. Nada como um bom planejamento financeiro não permita que você visite este belo país, não é mesmo?
Eu vou ficando por aqui. Espero que tenham gostado do país dos Kiwis. Um forte abraço para vocês leitores e na semana que vem eu volto com um novo destino.

E ai, gostou deste artigo? tem alguma dúvida ou sugestão? então comente por favor e deixe-me saber a sua opinião. Muito obrigado e até semana que vem com mais um destino :)

























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